Tem no meu quintal

limoeiro

Tem no meu quintal um limoeiro

Um par de cães e algumas flores

Terra molhada de janeiro

Poemas, amores

 

Folhas verdes no terreiro

Latido, pétalas, cores

Fruta do conde em fevereiro

Risadas, humores

 

Tem no meu quintal tempero

Pé de pimenta, de couve

Tem colinho, um cheiro

Um vizinho que sempre ouve

 

Um galo canta primeiro

Traz o sol e seu açoite

E vagalume derradeiro

Descobre o véu da noite

 

Tem no meu quintal um sapo brejeiro

Que coaxa em na solidão

Tem a moça por quem primeiro

Me entrego em paixão

 

Eita que é amor verdadeiro

Mas até parece ficção

Igual nem aqui nem no estrangeiro

É sem comparação

 

E no meio de um povo cafeeiro

Vim buscar quietação

Não é apenas ser caseiro

Mas é pra alma dar vazão

 

Nunca imaginei no mundo inteiro

Recusar voltar pr’agitação

Do meu São Paulo guerreiro

A quem me despeço co’ emoção

 

Vi a simplicidade do mineiro

Que sorri, estende a mão

Eita povo queijeiro

Que ganhou meu coração

 

Tem no meu quintal um vento faceiro

De bons tempos, de verão

Espero no tic-tac do ponteiro

Pela próxima estação






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